sábado, 21 de fevereiro de 2009

Seven Arrows

At birth, each of us is given a particular Beginning Place within these Four Great Directions on the Medicine Wheel. This Starting Place gives us our first way of perceiving things, which will then be our easiest and most natural way throughout our lives. But any person who perceives from only one of these Four Great Directions will remain just a partial man. For example, a man who possesses only the Gift of the North will be wise. But he will be a cold man, a man without feeling. And the man who lives only in the East will have the clear, far sighted vision of the Eagle, but he will never be close to things. This man will feel separated, high above life, and will never understand or believe that he can be touched by anything. A man or woman who perceives only from the West will go over the same thought again and again in their mind, and will always be undecided. And if a person has only the Gift of the South, he will see everything with the eyes of a Mouse. He will be too close to the ground and too near sighted to see anything except whatever is right in front of him, touching his whiskers.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O Poder do Silêncio

NAGUALISMO

Em várias ocasiões Don Juan tentou, para o meu proveito, dar nome ao seu conhecimento. Ele sentia que o nome mais apropriado era nagualismo, mas que o termo era obscuro demais. Chamá-lo simplesmente “conhecimento” tornava-o vago, e chamá-lo de “bruxaria” seria rebaixá-lo. “A maestria do ‘intento’” era muito abstrata, e “a busca da liberdade total” longa demais e metafórica. Finalmente, por ser incapaz de encontrar um nome mais apropriado, chamou-o “feitiçaria”, embora admitisse não ser realmente adequado.

Através dos anos, deu-me diferentes definições de feitiçaria, mas sempre manteve que as definições mudam à medida que o conhecimento cresce. Perto do final de meu aprendizado, senti que estava em condição de apreciar uma definição mais clara, assim pedi-lhe mais uma vez.

- Do ponto de vista do homem comum – disse Dom Juan – a feitiçaria é bobagem ou um mistério agourento além de seu alcance. Ele está certo, não porque este seja um fato absoluto, mas porque ao homem comum falta energia para lidar com feitiçaria. – Parou por um momento antes de continuar: - Os seres humanos nascem com uma quantidade finita de energia – continuou -, uma energia que é sistematicamente desdobrada, começando no momento do nascimento, de modo que possa ser usada de modo mais vantajoso pela modalidade do tempo.

- O que quer dizer por modalidade do tempo? – perguntei.

- A modalidade do tempo é o feixe preciso de energia sendo percebido. Acredito que a percepção do homem mudou através das eras. O próprio tempo decide o modo; o tempo decide quais feixes precisos de campos de energias, dentre um número incalculável, devem ser usados. E manipular a modalidade do tempo...esses poucos e selecionados campos de energia... toma toda a nossa energia disponível, não nos deixando nada que nos ajude a usar qualquer dos outros campos de energia.

Eu permanecia atento a sua explanação.

Convidou-me com um leve movimento das sobrancelhas a considerar tudo isso.

- Isto é o que quero dizer quando afirmo que o homem comum não tem energia necessária para lidar com feitiçaria. Se usar apenas a energia que tem, não podem perceber os mundos que os feiticeiros percebem. Para fazê-o, os feiticeiros precisam usar um grupo de campos de energia não usado normalmente. Claro que, se o homem comum perceber esses mundos e compreender a percepção dos feiticeiros, deve se utilizar do mesmo grupo que esses usaram. E isto simplesmente não é possível, porque toda sua energia já está desdobrada.

- Fez uma pausa, como se preocupando pelas palavras apropriadas para demonstrar seu ponto de vista. – Pense dessa maneira. Não é que, à medida que o tempo passa, você esteja aprendendo feitiçaria; antes, o que está aprendendo é economizar energia. E essa energia irá capacitá-lo a manipular alguns dos campos de energia que lhe são agora inacessíveis. E isso é feitiçaria: a habilidade de usar campos de energia que não são empregados para perceber o mundo normal que conhecemos. Feitiçaria é um estado de consciência. Feitiçaria é a capacidade de perceber algo que a percepção comum não consegue.

“Tudo o que fiz você passar, cada uma das coisas que lhe mostrei era apenas um instrumento para convencê-lo de que há mais coisas do que olho pode perceber. Não necessitamos de ninguém para nos ensinar feitiçaria, porque de fato não há nada a aprender. O que necessitamos é de um professor para nos convencer de que há poder incalculável ao alcance de nossos dedos. Que paradoxo estranho! Cada guerreiro na trilha do conhecimento pensa, num momento ou noutro, que está aprendendo feitiçaria, mas tudo o que está fazendo é permitir a si mesmo ser convencido do poder oculto em seu ser, e que pode alcançá-lo.

- É isto que está fazendo, Dom Juan, convencendo-me?

- Isso mesmo. Estou tentando convencê-lo de que pode alcançar esse poder. Passei pela mesma coisa. E era tão difícil de ser convencido quanto você.

- Uma vez que o alcançamos, o que fazemos exatamente com ele, Dom Juan?

- Nada. Uma vez que o alcançamos, este irá, por si mesmo, fazer uso dos campos de energia que estão disponíveis para nós, embora inacessíveis. E isto, como eu disse, é feitiçaria. Começamos então a ver, isto é, perceber, algo mais; não como imaginação, mas como real e concreto. E então começamos a conhecer sem a necessidade de usar palavras. E o que cada um de nós faz com esta percepção aumentada, com aquele conhecimento silencioso, depende de nosso temperamento. (...)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Virtudes da coragem no caminho do guerreiro

Alegria, felicidade, harmonia e paz
residem na sua capacidade de viver corajosamente 
de acordo com sua ideologia.
Estes atributos advém de um sentido de integridade
e respeito para consigo próprio e para com o próximo.

Perdão, compaixão e complascência
são análogos à auto-importância, auto-piedade
e à auto-estima. 
Ser impecável aos seus próprios olhos e andar
no caminho do auto-aperfeiçoamento,
diminui a necessidade de se pedir perdão.

Compaixão verdadeira não é um sentimento,
mas uma ação energica diante do sofrimento alheio.
Observar o sofrimento de outrem, e sentir pena,
é o mesmo que sentir pena de si mesmo,
sem fazer nada para mudar a própria realidade.
Trata-se de uma atitude híbrida e falseada.

No caminho do guerreiro abandona-se a compaixão sem ação,
ou os sentimentos de piedade e complascência.
Vale-se então de um senso de praticidade ativa.
Abandona-se também a culpa pessoal a do próximo.
A sobriedade aparece livre de sentimentalismos 
e age na direção do auto-aperfeiçoamento,
ao invés de um pedido solene e híbrido de perdão.

Chave para a verdade pessoal


viva corajosamente seus sonhos!

seus sonhos são a chave para sua verdade pessoal.

se não sonhar corajosamente, se perderá no pesadelo coletivo.

no pesadelo coletivo perde-se o amor pela vida;

passa-se então a procurar pela morte através de doenças,

ou estando no meio de calamidades.


teu espírito não tolera mentiras!

seus sonhos são suas verdades pessoais.

não viver corajosamente seus sonhos,

faz com seu espírito se desprenda de si mesmo

indo a procura de um novo corpo,

de um novo tempo, um novo espaço e uma nova persona

que abarque com sua verdade.

em espírito e verdade se aproximas do infinito.

viver sua verdade corajosamente é a impecabilidade.

a impecabilidade é o caminho do guerreiro!


satyavan