domingo, 5 de agosto de 2012

The eight fetters of the mind & The six enemies of the mind

The aśtapásha (eight fetters of the mind):

  1. ghrńá (hatred, revulsion)
  2. shamká (doubt)
  3. bhaya (fear)
  4. lajjá (shyness, shame)
  5. jugupsá (dissemblance)
  6. kula (vanity of lineage)
  7. shiila (cultural superiority complex)
  8. mána (egotism) 
The sadaripu (six enemies of the mind)
  1. káma (physical desire)
  2. krodhá (anger)
  3. lobha (avarice)
  4. mada (vanity)
  5. moha (blind attachment)
  6. mátsarya (jealousy)


domingo, 22 de julho de 2012

AS QUATRO NOBRES VERDADES

AS QUATRO NOBRES VERDADES e O NOBRE CAMINHO ÓCTUPLO, que constituem o alicerce dos ensinamentos budistas.

Os dois princípios se juntam na estrutura dos ensinamentos formando uma unidade indivisível O DHARMA.

AS QUATRO NOBRES VERDADES

1. A Verdade da Existência do Sofrimento
Todos os seres estão sujeitos ao sofrimento.

2. A Verdade da Causa (ou Origem) do Sofrimento
A causa do sofrimento é o desejo (Ignorância).

3. A Verdade da Extinção do Sofrimento
A ignorância, causa do sofrimento, pode e deve ser superada ou transcendida.

4. A Verdade do Caminho que conduz à Extinção do Sofrimento
Indica os meios pelos quais pode-se obter a Extinção do Sofrimento, ou seja, através doNobre Caminho Óctuplo.

O NOBRE CAMINHO ÓCTUPLO

O Nobre Caminho Óctuplo é também chamado O Caminho do Meio; ele proporciona visão interior e o conhecimento que leva a paz, a sabedoria, a iluminação, o Nibbana. O Nobre Caminho Óctuplo é formado pela:

1. Compreensão Correta

Começando a trilhar o Caminho, devemos ver a vida de acordo com as suas três características: impermanência, insatisfatoriedade e insubstancialidade; devemos ter uma compreensão clara da natureza da existência, da lei moral, dos fatores e dos elementos que irão constituir o reino condicionado da vida ou Samsara. Devemos, então, fazer desse conhecimento a base de nossa aceitação das vicissitudes da vida.

2. Pensamento Correto

Significa que a nossa mente deve estar pura, livre da luxúria, da má vontade, da crueldade e do apego.

3. Palavra Correta

Significa abster-se de mentir, de caluniar, de usar palavras ofensivas, fúteis e vãs.
A palavra correta fica caracterizada pela sabedoria e pela bondade.

4. Ação Correta ou Conduta Correta

Significa abster-se de destruir vidas e desenvolver a amorosidade, não roubar e praticar a generosidade.

5. Meio de Vida Correto ou Ocupação Correta

Significa que deve ser evitado ganhar a vida numa profissão ou ocupação que possa ser prejudicial a outros seres vivos.

6. Esforço Correto

É subdividido em quatro partes:
O esforço para evitar o aparecimento de pensamentos negativos que ainda não surgiram;
O esforço para expulsar os pensamentos negativos já existentes;
O esforço para fazer surgir pensamentos bons e sadios ainda não existentes;
O esforço para manter, cultivar e desenvolver os pensamentos bons e sadios já existentes.
Praticando consciente o esforço correto, pode-se mais facilmente cultivar os mais elevados ideais espirituais, sendo estes denominados As Dez Perfeições:
a generosidade (dana), a moralidade (sila), a renúncia (nekkhamma), a sabedoria (panna), a energia (viriya), a paciência (khanti), a honestidade (sacca), a determinação (adhitthana), a bondade (metta) e a equanimidade (upekkha).

7. Plena Atenção Correta

Implica num estado constante de percepção nas atividades do corpo, nas sensações, nos diferentes estados da mente e nas idéias surgidas. O desenvolvimento desse tipo de atenção é necessário afim de evitar que o praticante seja guiado para fora do Caminho devido a errados pontos de vista.

8. Concentração Correta

É a última etapa do Caminho. Juntamente com a Plena Atenção formam o núcleo da Meditação. A Meditação é a atividade que nos leva a realização dos ensinamentos do Buddha, fazendo-os parte integral das nossas vidas em vez de apenas novos conjuntos de idéias para distrair a mente com especulações. A meditação livra-nos dos nossos hábitos padronizados, particularmente nosso envolvimento com os pensamentos e suas consequências emocionais.
Ao mesmo tempo ela molda e intensifica nosso poder da percepção direta: dá-nos olhos para ver a verdadeira natureza das coisas. O campo da pesquisa é nós mesmos, e por esta razão o foco da atenção é desviado e focalizado para o nosso interior.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Gurdjieff, Humanos ou Máquinas? Psicologia ou Mecânica?

- Que pensa da psicologia moderna? perguntei um dia a Gurdjieff, com a intensão de levantar a questão da psicanálise, da qual desconfiara desde o primeiro dia.
Mas G. não me permitiu ir tão longe.

- Antes de falarmos de psicologia, disse, devemos compreender claramente de que se trata essa ciência e de que não trata. O objeto próprio da psicologia são os homens, os seres humanos. De que psicologia - sublinhou a palavra - se trata quando cuidamos de máquinas? É da mecânica e não da psicologia que necessitamos para o estudo das máquinas. Por isso é que começamos pelo estudo da mecânica. Ainda falta percorrer um longo caminho para chegar à psicologia.
Perguntei:
- Pode um homem deixar de ser máquina?
- Ah! aí está a questão, disse G. . Se tivesse feito mais frequentemente semelhantes perguntas, talvez nossas conversas tivessem podido levar-nos a alguma parte. Sim, é possível deixar de ser máquina, mas, para isto, é necessário, antes de tudo, conhecer a máquina. Uma máquina, uma máquina real, não se conhece a si mesma e não pode conhecer-se. Quando uma máquina se conhece, desde esse instante deixou de ser máquina; pelo menos não é mais a mesma máquina que antes. Já começa a ser responsável por suas ações.
- Isso significa, segundo o senhor, que um homem não é responsável por suas ações?
- Um homem - frisou esta palavra - é responsável. Uma máquina não é responsável.

P. D. Ouspensky - Fragmentos de um conhecimento desconhecido - em busca do milagroso. Ed. Pensamento

domingo, 10 de junho de 2012

As 26 Qualidades Dáivicas

Estas qualidades, complementares das Qualidades Átmicas (post anterior neste blog), devem ser cultivadas pelo aspirante desejoso de alcançar o Daiva-Bhava, ou a mais elevada natureza, a qual conduzirá da escravidão das Gunas à Liberação, isto é, à transcendência do Espírito sobre a Matéria, levando-o pouco a pouco à Realização, que é a meta de todos os seres. Elas devem fazer parte da conduta de todos os seres humanos que desejam evoluir espiritualmente. - Estas qualidades são:

  • Ausência de temor ou medo;
  • Natureza pura;
  • Firme convicção na síntese de todo conhecimento (Yoga);
  • Doação e ajuda desinteressada - Caridades (Duna);
  • Domínio do Sentidos;
  • Oferenda com invocação - Sacrifício (Yagna);
  • Estudo espiritual;
  • Austeridade (Tapas);
  • Retidão (em todos os sentidos);
  • Impossibilidade de ferir (não causar dano a ser algum - Ahimsa);
  • Veracidade;
  • Ausência de desejos de vingança;
  • Dedicação;
  • Calma, Paz (ser sempre sereno e pacífico - Shanti);
  • Não imiscuir-se em insignificâncias (em atos baixos e em mesquinharias);
  • Compaixão por todos os seres;
  • Ausência de cobiça;
  • Afabilidade;
  • Humildade;
  • Constância;
  • Magnanimidade;
  • Perdão;
  • Atitude unificadora (conciliadora);
  • Pureza integral (física, mental e de coração);
  • Incapacidade de enganar (não enganar ninguém, em nenhum sentido);
  • Superação da vaidade e da presunção.
Estas qualidades são a herança dos Virtuosos.

As 26 Qualidades Dáivicas estão contidas no Swarupa Dharma Gita, Cap. VIII Vs. 2 a 4

quarta-feira, 6 de junho de 2012

As 8 Qualidades Átmicas


Estas são as Qualidades Átmicas que devem ser desenvolvidas pelos aspirantes e por aqueles que buscam alcançar a Realização. Elas levarão o aspirante a desenvolver em si mesmo a mais elevada natureza humana (Daiva-Bhava), e o tornarão apto a alcançar, através do Yoga (Meditação Yóguica), o mais alto estado de consciência alcançável pelo ser humano: - Prápti, a mais alta finalidade humana.

Estas qualidades são citadas no "Siksa Dharma Gita", capítulo V, vs 9 a 13. São elas:




  1. Amplitude de visão e discernimento;
  2. Ausência de orgulho;
  3. Inofensividade (não causar dano a qualquer ser vivente);
  4. Tolerância;
  5. Retidão;
  6. Pureza (de corpo, mente e coração);
  7. Firmeza (de caráter);
  8. Ausência de egoísmo.
Além das 8 qualidades, são citadas ainda as que seguem, as quais são também necessárias ao desenvolvimento do aspirante:

  • Disciplina mental;
  • Desapego;
  • Equilíbrio mental diante dos acontecimentos, tanto agradáveis como desagradáveis;
  • Reconhecimento dos males provenientes do nascimento, das enfermidades, da velhice e da morte, como necessários à evolução humana. Praticando assiduamente o Yoga (Meditação), com devoção somente ao Supremo Ser (Atma), o aspirante deve buscar paragens solitárias, afastando-se das multidões.
  • Fonte: Srimad Bhagavad Gita - Suddha Dharma Mandalam, Ed Ano 2002, pagina 69

terça-feira, 20 de março de 2012

Mystical Siddha Yoga- the path of Light


Este é um texto que introduz ao misticismo do Siddha Yoga. Recomendo!
Está em Inglês, mas com a ajuda do Google Translate dá pra ler bem em Português.

Namaskar
Satyavan




Mystical Siddha Yoga- the path of Light

Much less is known of the yogic traditions of South India as it was guarded in secrecy and taught in the traditional manner of guru to the spiritually mature disciple. In most cases the enlightened beings went on to evolve into the final objective of yoga and that was to merge into God in the physical form itself. These sages were called Siddhars. Many of these Siddhars maintained spiritual diaries and writings in the form of poetry from the time they actualized into discovering the divine with deeper meaning and the beginning of their journey into yoga while attaining enlightenment, and to the final state of transforming into light, merging with the Supreme.

The Siddha tradition believes that there are 210 divine masters who, along with their disciples keep taking birth as divine incarnations in different times and different places around the world constantly to keep up with the changing humanity needs and effecting change. For instance, Jesus Christ is said to have been Siddhar Pullipani having reincarnated. Swami Vivekananda was said to have been one of the reincarnations of Siddhar Thirumulanathar. Lao Tzu was claimed by Siddhar Bhogar to have been one of his incarnations.

'Siddhars' were evolved spiritual beings who went beyond enlightenment to accomplish the final yoga of attaining the ultimate perfection as becoming one with God. Perfection in this sense means the state of the highly evolved as Christ after resurrection. This is the ultimate objective of yoga in the Siddha philosophy. Yoga of Siddha tradition in South India meant the accomplishment of merging the body into the supreme light of the absolute as attainments of eight different dimensions of perfection. Each dimension of perfection is called a 'siddhi' and 'siddhi' is the miraculous powers that were acquired while practicing this path of yoga. Although spiritual traditions of Hinduism throughout India shun acquiring 'siddhis' due to the belief that acquiring siddhis would grow ego and therefore would withhold the spiritual progress of the yogi, the Siddha path insists on sheer restraint in using any siddhi while encouraging Siddhars to live in solitude or live disguised within a society as an ordinary householders. Siddhars consider attainment of various siddhis as grace which naturally flow into them through their yogic practices and it was held sacred as the mark of the divine presence within themselves.

The realm of Siddhars is mystical, most times unbelievable and has remained unchanged over thousands of years. To envision this world, it is comparable to the life present in the extreme depth of the ocean existing under intense high pressure and total darkness, hardly ever disturbed by external forces. This would be an example to illustrate the world of the Siddhars beneath the known in Southern India which still vibrant and alive and yet far away from the rest of human civilization. These ancient spiritual places in South India, hidden from the rest of the world resonate with the presence of the Siddhars even today.

Siddhar Patanjali, the author of Yoga Sutra, who was one of the disciples of Siddhar Bhogar, mentions of the this higher yoga which requires the effort of the spiritual aspirant to understand the deep insightfulness of this Siddha path through practice and patience for the true teachings beneath the simplicity of his writings to reveal. Historians have wondered whether there were three of more saints under the name Patanjali from between 200 BC to 250 AD while being able unable to comprehend that it could also be the same person.

Siddhar Bhogar's extensive writings in Tamil covers Ayurveda and yogic practices of Siddhars and much of which of his work has not been translated to English as yet. Siddhar Bhogar is also the guru to Maha-avatar Babaji (the eternal Siddhar mentioned by Paramahamsa Yogananda in his book Autobiography pf a Yogi). Siddhar Bhogar had in his spiritual diary made many claims with some that defy our logic and are astounding to the point of dismissing it offhand due to its implication in the modern day. One of his claims in his writings is that he went to Mecca and Medina and it was he who founded Islam. Could he have been the light Prophet Mohammed understood to be as angel Gabriel? Siddhar Bhogar did teach the Siddhar practice wherein one form of siddhi was the ability to leave the body and appear as light behind another person's intellect to guide or enter in as life into another body.

Siddhar Thirumulanathar, Siddhar Bhogar's guru, writes in his divine poetry that he meditated in his body to attain light for a thousand years and then wrote a stanza of divine poetry each year of higher tantra, the yoga of light. He wrote 3047 stanzas!

Siddhar Thirumulanathar's writings, known as 'Thirumandiram' has many meanings. Thirumandiram means sacred magic, divine words, sacred mantras and /or sacred siddhi. These writings have now been translated to English. Thirumandiram teaches the science of attainment of light body, going beyond realization into realms of the Siddha philosophy. All eight forms of siddhi are explained and its way of attainments are taught too to enable the metamorphosis into the 'perfect state' as the basic objective of yoga.

One of the forebears of Tibetian tantric yoga was Siddhar Nagarjuna, who is claimed to have been teaching in physical form for over 400 years, was a disciple under the Siddhar Thirumular lineage.

This higher yogic path was called in ancient Tamil, 'Tantiram', which means tantra (it had nothing to do with the sexual orientation the word tantra has earned in the West. Tantra as philosophy of the Siddhar means, encompassing all of human nature to be divine with worship of the primal energy residing in our sexuality as one among the many facets of energy fields, with progress made under strict yogic discipline). This divine tantra as revealed by the Siddhars meant breaking through ego arising though duality that separates us from the divine, by worshipping the three dimensional context in every thought arising as seeds of knowing from the mind.

There are so many forms of seed thoughts such as - as perceiver, perceived and as perception; space, matter, energy; past, present and future; creation, preservation and destruction; and so on. Once the three dimensions of thought is understood and held sacred with the unity behind duality achieved, the mind would break into becoming single pointed. It would be natural for Oneness to emerge as Source with the Self illumined in knowing 'All Is' as "I am That' and 'I am'. Merging into the Source was then the only grand reality as the destination of this yogic journey towards Light.

With the soul recognized in its pure form as the 'Holy Ghost' and a divine teacher as Guru to guide knowing All as the Absolute nameless Father, the higher tantra manifests the primal urge for the divine union in the 'trinity of knowing'. Applying this wisdom as yogic techniques within a spiritual environment to the single pointed mind and conditioned body, true yoga of the Siddhars taught that the eternal is attained with the wisdom of the mind along with intellect absorbed in divine grace, powerful enough to manifest its Light body!More About Siddhars

Within the context of Hindu myth the name Siddha originally denoted one of the eighteen categories of celestial beings. These beings of semi-divine status were said to be of great purity and their dwelling was thought to be in the sky between the earth and the sun. Later they became associated with a class of more adept human being, often an accomplished yogi.

The term had been derived from the Sanskrit root sidh meaning "fulfillment" or "achievement," so the noun came to refer to one who had attained perfection. Because the Tamil language lacks the aspirated consonants of Sanskrit the word has been written and pronounced by the Tamils as cittar.

This has lead the Tamils to associate the word more with the Sanskrit term chit, meaning "consciousness."

All of the writings of the Tamil Siddhas, whether defining philosophical viewpoints, yogic practices, or presenting alchemical recipes for herbal tinctures and base metal amalgams were presented in poetic form, often employing the more difficult meters that harkened back to the ancient Tamil Sangam Age. These works are also riddled with tantric imagery, references to Kundalini, and clues to control the dangerous feminine power through breathing practices or the recitation of the Goddess's secret names.

Because of the enigmatic nature of the Siddha imagery, and their philosophy structured in direct defiance of human logic, few scholars have ventured to address the Tamil Siddhas and then often only as mere curiosities. Needless to say, the vast majority of the Tamil Siddha works have never been translated, as has been the case with some of the verses presented here.

One of the most basic characteristics of Tamil composition, and one that is particularly relevant to Siddha poetry, is the tendency to layer the work so that each word or image builds upon the last. Because each component image is presented so as to be viewed autonomously and in relationship both sequentially and to the totality of the verse, the images of the poem may seem slightly disjointed and contradictory. Though this may at first seem to undermine the aesthetic quality and over-complicate the simple act of enjoying poetry, the Tamil Siddha compositions pattern the imagery to expound the subtle complexity of their philosophical concepts or to map out the terrain of the inner landscape which is dominated by the dormant serpent energy.

‘Siddhi’ means ‘Perfection’ and those who had attained perfection are known as ‘Siddhars’.Jesus Christ himself says in the Holy Bible;Matthew 5,48:”Be ye perfect therefore as your heavenly Father is perfect.”None excepting the Siddhars of India had attained that state Jesus refers to.And it is the Siddhars of south India who had conquered death by “internal breathing”known as “ull moochi” in Tamil(whereby ‘outside’ air is not necessary for breathing),the art popularly known in the U.S. as “Kriya Yoga” popularised by ‘Yogananda Paramahamsa’ in his book “Autobiography of An Yogi”

Siddhars have clearly studied the science of the breath and have even calculated the number of breaths a person expends in his entire life-term.The normal person takes four seconds for one breath cycle(inhalation and exhalation),so works out to 15 per minute,900 per hour and 21,600 per day.If the cycle was slowed down to a breath for every 2 ½ hours,we’d be able to live for thousands of years like Markandeya,Thirumoolar and Babaji who had all lived for thousands of years in their physical body and are living even now amidst us in their “glorious radiant body”.

Extracted from: http://yogascience.angelfire.com/mysticalsiddhayoga.htm

domingo, 26 de fevereiro de 2012

MEIO-BANHO (Vyapaka Shaoca)

“Mantenha seu corpo limpo e bem-cuidado como um templo”.
Shrii Shrii Anandamurti

Foi explicado anteriormente (Ponto 1: Uso de Água) que todas as ações produzem calor e que isto, indiretamente, afeta a mente. Assim, antes das atividades que requerem concentração ou tranquilidade – como meditar, comer, dormir etc. –, é aconselhável resfriar o corpo com um meio-banho. Esse método consiste em resfriar as partes do corpo com vasos estreitos, como as mãos e os pés, para que o sangue refrescado se espalhe rapidamente por todo o corpo.

O meio-banho é feito da seguinte forma: 
  • molha-se a região do órgão sexual, do umbigo para baixo;
  • molham-se as pernas, do joelho para baixo, e os braços, do cotovelo para baixo;
  • enche-se a boca com água, e joga-se, com a mão, água nos olhos abertos, por pelo menos 12 vezes, cuspindo a água em seguida;
  • faz-se a limpeza nasal da seguinte forma: enche-se uma mão (ou as duas) com água, encostando-a abaixo do nariz, com a cabeça abaixada. Depois, levanta-se a cabeça, deixando a água escorrer suavemente pelas narinas, até que ela saia pela boca. (Atenção: deve-se evitar assoar o nariz em seguida, pois a água pode se espalhar na região do ouvido, causando desconforto. 
  • Os novos praticantes podem usar pouca água, até se acostumar); coloca-se o dedo médio da mão direita no fundo garganta, para expelir o muco acumulado (é recomendável lavar as mãos antes);
  • molha-se atrás das orelhas e do pescoço e, por fim, a face.

Tudo isso é para ser feito com água fria. Os habitantes de regiões muito frias podem usar água morna, mas nunca com temperatura superior à do corpo. 

Depois que essa prática se torna habitual, ela não leva mais do que 2 ou 3 minutos.

A água espargida nos olhos é bastante saudável, pois ela evita alguns problemas de vista causados pelo calor, como a catarata. 

Essa prática também baixa a tensão ocular e alivia as dores de cabeça.

A limpeza do duto nasal e da garganta é outra recomendação excelente. 

Limpa várias partículas de pó acumuladas nos pêlos e nos dutos nasais no decorrer do dia. Quando são removidos a sujeira e o muco nasal, melhora-se o olfato e a respiração e são prevenidos, até certo ponto, os resfriados e as inflamações de garganta.

As partes do corpo localizadas por detrás da orelha e do pescoço acumulam muito calor. Por isso, quando molhamos essas áreas, sentimos uma sensação refrescante.

Os benefícios da água espargida nos olhos foram confirmados em pesquisas médicas. Descobriu-se que os mergulhadores profissionais, por permanecem muito tempo debaixo d’água, têm taxa metabólica baixa. Os médicos comprovaram em pacientes cardíacos esse fenômeno, que foi denominado “reflexo do mergulho”. Eles notaram que, quando eles ficavam com o rosto submerso em água fria, seus batimentos cardíacos caíam bastante. Após o meio-banho, esse efeito também ocorre, ou seja, o metabolismo cai, e, com isso, o organismo fica em estado apropriado para a meditação.

Assim, devido aos seus efeitos bastante benéficos, o meio-banho deve ser feito antes da meditação, das refeições (para acalmar o corpo e ajudar na digestão), das ásanas e de dormir. Porém, se após a meditação, a pessoa tiver que comer, fazer ásanas ou dormir, não será necessário outro meio-banho. Mas, pelo menos antes de comer, deve-se lavar as mãos e, se possível, os pés, pois neles há mais de 70 mil terminações nervosas. O meio-banho é também benéfico para as atividades que exigem concentração, como assistir a uma aula, ler um livro, ou qualquer outra atividade psíquica ou psicoespiritual. Se fizermos meio-banho e meditarmos um pouco antes de dormir, teremos sono tranqüilo.

Uma última orientação sobre o meio-banho: é importante secar bem a região púbica e os pés, especialmente os dedos, pois essas áreas ficam normalmente cobertas e acumulam calor e umidade. Nos pés, às vezes, se desenvolvem fungos. Para evitar a irritação da pele e a proliferação de fungos, pode-se usar o óleo de coco ou outro similar.

Shrii Shrii Anandamurti

A Importância da Linfa

Os gânglios linfáticos proveem a matéria prima – linfa – para as fábricas – as glândulas – e as linfas excedentes vão para o cérebro e nutrem as células nervosas no crânio. Quando a linfa entra em contato com uma glândula ativa, hormônios são criados.

Se alimentos picantes e estáticos, ou excesso de proteína animal for ingerido por homens, a quantidade de linfa diminuirá e a conversão de linfa em sêmen aumentará. Isto levará ao atraso intelectual. Pode ser observado que pessoas que ingerem muita proteína animal tendem a produzir muitos filhos.

Os homens deveriam ter controle apropriado sobre a conversão de linfa em sêmen. Isto é parte de Brahmacarya Sádhaná [meditação na Entidade Suprema]. Os homens devem ter controle apropriado sobre seus corpos. Seres humanos deveriam ser sutis na alimentação, mente e intelecto.

Apesar de os carnívoros serem mais astutos e espertos que os [granívoros], eles são geralmente menos intelectuais. Será muito difícil para um tigre, um gato ou um cão fazer prática espiritual. Um macaco ou uma vaca pode fazer tais práticas, pois eles obtêm muita clorofila de gramas, capins e outros vegetais verdes. Animais granívoros produzem mais linfa que os carnívoros, e é por isso que seus cérebros são mais desenvolvidos.

A linfa é necessária para a produção de leite. A maior parte das mulheres pode se mover com agilidade até terem seus bebês, mas depois de terem dado a luz, elas geralmente não se movem tão rapidamente.

Vegetarianos produzem mais linfas porque obtêm mais clorofila de folhas verdes e por isso seus cérebros são mais desenvolvidos do que os não-vegetarianos. Aqueles que consomem proteína animal [negligenciando vegetais verdes] sofrem de falta de linfa, pois a proteína animal possui muito pouca clorofila.

Linfa é produzida a partir da proteína animal também, mas dado o fato de a proteína animal produzir muito calor no corpo humano, a linfa é rapidamente convertida em sêmen.

Qual é a matéria inicial para a fabricação de linfa? Linfa é produzida a partir da energia e vitalidade adquiridas dos diferentes cinco elementos do universo, como a água, o ar e a luz. Esta é a matéria prima. O material final é Shukra [que possui 3 fases: linfa, espermatozoide e fluído seminal]. Esta é a matéria mais desenvolvida – o creme dos cremes! A clorofila acelera a produção de linfas, mas não age como a matéria prima.

Em certas pessoas, a maior parte da linfa é desperdiçada, e é por isso que elas são deficientes intelectualmente. Mas para os aspirantes espirituais, uma vez que a maior parte de sua linfa permanece no corpo, eles não deverão sofrer nenhuma deficiência intelectual. Esta é a razão pela qual o nível intelectual dos aspirantes espirituais é maior do que o das pessoas comuns.

Agentes catalíticos positivos ou negativos tem um efeito importante sobre a produção da linfa. Ambientes psíquicos e físicos positivos são agentes catalíticos positivos, e ambientes negativos estas esferas surtem efeito catalítico negativo. Mesmo que a comida ingerida seja sutil, se o ambiente for negativo haverá detrimento no progresso mental. Salas de cinema, prostíbulos e centros comerciais agitados são ambientes negativos. Más discussões, livros ruins, maus pensamentos predominantes na população são ambientes psíquicos negativos – catalíticos negativos. Se o ambiente for bom, como um local de práticas espirituais, o efeito catalítico será positivo. Se houverem muitos aspirantes espirituais e discussões elevadas, um ambiente psíquico positivo será criado e isto ajudará a fabricar linfa.

A linfa em si é um hormônio, e é convertida em outros hormônios pelas diferentes glândulas. Linfa é o hormônio inicial. A criação de hormônios nas outras glândulas depende de agentes catalíticos positivos ou negativos. É por esta razão que nos tempos antigos, Shiva enfatizou a importância da Satsaunga [associação com boas pessoas]. A Satsaunga provê um ambiente psíquico positivo. Boa companhia leva à liberação, enquanto má companhia leva a limitação, ao aprisionamento pelas amarras.

Shrii Shrii Anandamurti, Psicologia do Yoga (Yoga Psychology)